Tive algumas experiências com
dependentes químicos, com os que estão atolados na droga, e os que usam só pra
curtir numa balada. Não conheci um que fosse realmente feliz. (Caso você
conheça alguém, ou é esse alguém me comunique:
jonathanalves@live.it, será um prazer
conhecê-lo).
É verdade que felicidade no
estado em que vivemos não teremos em plenitude. E, praticando o bem nem sempre
seremos imediatamente felizes. O que acontece mesmo é a gratificação ao homem
que livremente busca o bem, com “gotas” de felicidade que hora ou outra se
apresentam em sua vida.
"É melhor buscar
dentro o que não
se encontra fora."
Acredito que seja importante
questionar os motivos profundos pelos quis se faz uso de uma droga. E, aqui não
pretendo fazer um esboço científico, mas só levantar a nuvem de questões que
estão assentadas sobre o tapete da nossa vida.
Sentimento de segurança? Alívio?
Alegria? Paz? Bem estar? Liberdade? Amor?
Ainda que o usuário levante a
bandeira da alegria para justificar o uso de alguma droga, não passará de uma
busca do seu efeito imediato. Quero ser alegre: “dou um tapa” numa carreira de
cocaína. Quero paz: alguns tragos de um baseado. Quero liberdade: LSD. Quero
amor: ecstasy.
Os usuários buscam no seu vício a vivência
imediata de um conjunto de emoções que corretamente buscadas exigem relação
humana saudável, conduta moral equilibrada, lidar com os problemas da vida de
forma madura, autoconhecimento, compromisso com a vida, etc.
A droga não traz realização
porque seu efeito é instável. A qualquer momento passa e a casa cai. E da mesma
forma que o complexo de sensações vem de uma vez quando a droga é usada, o grande
complexo existencial da vida também vem de uma vez só no final. Desaba o
carrossel de alegrias do usuário e ele rui junto com suas frustrações.
A felicidade, o amor, a paz, são
nobres demais pra caber numa seringa, ou pra serem boladas num baseado. O homem
foi criado especialmente para desfrutar de todas estas maravilhas, basta saber
que todas as graças estão mais próximas de si do que parece. É melhor buscar
dentro o que não se encontra fora.