A Fraternidade Jesus Salvador é uma grande família do povo de Deus, formada por três ramos: o Instituto Missionário Servos de Jesus Salvador, o Instituto Missionário Servas de Jesus Salvador e os Servos Evangelizadores do Reino - SER (Ordem Terceira - Leigos), e um movimento de jovens chamado Juventude Salvista. Todos vivendo sob o mesmo carisma, espiritualidade e apostolado, o que garante a unidade e a inspiração de toda a obra de Jesus Salvador. Saiba mais...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Éramos nós, nostalgia.

Éramos nós, nostalgia
Escrevi dia 17/06 num surto de criatividade e nostalgia

Se lembra quando a gente sonhava
com filhos bonitos, cicatriz na testa?
Se lembra quando a gente beijava
um beijo tímido, língua na boca?

Éramos dois, crianças.
Éramos nós, nostalgia.
Éramos poucos
Ingênuos, loucos, doidos e fãs.
Éramos doces, palavras bonitas e tecido vermelho.

Vermelho de sangue escorreu, nosso braço.
Dor de uma infância, perdeu nossos traços.
Sangue de anjos e corte em demônios,
desce o filete da faca, o gilete, a lâmina, uma espada.
Nosso dragão já voou, um momento. Doce encanto levou, nossos traços.

Diga o que fizemos?
Diga por favor!
Eu peço que me diga,
eu imploro que me diga!

Ruas que passam, e viram muitas manchas
borrões de um passado, lembrança, endereço.
Pára nosso trem na estação do evento,
descem capas, borrões, costumes e fumaças.
Descemos nós, descem eles, venham todos ao nosso show.

A noite começou.
A noite começou.
À noite começou nossa dor.

Gostava-mos de ir ao parque,
vestidos de bruxos e fadas.
Bebendo cerveja de bruxos,
beijando a boca das fadas.

História de vai e vem da rede.
Da rede da varanda da tua casa.
Do quarto da mãe da tua casa.
Da ultima vez que você foi na minha casa.

Éramos dois, crianças.
Éramos nós, nostalgia.
Éramos poucos
Ingênuos, loucos, doidos e fãs.
Éramos doces, palavras bonitas e tecido vermelho.

Caimos no ponto antes de subir no ônibus.
Caímos de tontos, de loucos que somos.
Caímos sem perceber que cair era bom.
Era bom bem porque nós que ditávamos a regra.
Nosso show.

Nunca ia passar, prometíamos.
Nunca ia acabar, era certeza.

Por um tempo, mesmos eventos
e outras pessoas.
Por um tempo, eu fui bem experiente.
Em algum lugar eu escondi minha vergonha.
E foi no ponto daquele ônibus que eu perdi minha honra.

Palavras trocadas no fim do caderno,
Que ao fim da aula levava pra casa.
Pensando em como fazer o amanhã,
parte de nossas vidas vilãs.
Foi aí que então vi as Rainhas Lágrimas,
três lindas damas que iriam roubar-me, e eu não sabia.

Um primeiro tapa que rasgou-me a bochecha,
mas não a primeira vez que chorei no seu ombro.
Correndo pra ti eu fui ensandecido,
"loucuras daquela Rainha Malvada", pensei.

Mas não foi assim.
Não fui comigo.
Foi comigo,
foi com o que eu perdi.

Éramos dois, crianças.
Éramos nós, nostalgia.
Éramos poucos
Ingênuos, loucos, doidos e fãs.
Éramos doces, palavras bonitas e tecido vermelho.

Uma pena não termos os mesmos sonhos,
e ainda assim dormir no mesmo quarto.
E ainda assim dividir o mesmo umbigo,
e, de novo, assim um tapa ensaiado.

Palavras duras, palavras duras, palavras duras, palavras duras.

Talvez você tenha percebido, minha amiga
que dois pólos não se juntam jamais.
Foi a primeira a largar o tecido vermelho,
e ultima a provar um filete de sangue.

Eu tentei largar o tecido vermelho,
mas este tecido era minha própria pele.
Era minha vida, a minha conquista.
E não conseguia dele largar.

Crise Crise Crise e nova Crise.

Éramos dois, crianças.
Éramos nós, nostalgia.
Éramos poucos
Ingênuos, loucos, doidos e fãs.
Éramos doces, palavras bonitas e tecido vermelho.

___________________
Pretendo continuar o poema futuramente, tomei a liberdade de mudar algumas coisas depois de escrito. 

4 comentários:

  1. Vai entender vocês dois s2. É incrivel como o poema tr traduz tão bem!

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  2. É eu gostei bastante desta minha produção. Espero que minha escrita evolua cada vez mais. Obrigado minha linda.

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  3. qe lindo ♥
    Você se expressa mto bem através da escrita, qe dom indescritível JONATHAN ...

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